*Ao ler uma reportagem da BBC Future intitulada “Os metais valiosos contidos em seu smartphone – por que ele pode se tornar um problema ambiental” , relatando a composição mineral dos smartphones, fiquei impressionado. A reportagem destaca que os smartphones possuem, em sua composição, metais preciosos, como ouro, prata e platina. Além desses metais, os smartphones contêm outros metais valiosos conhecidos como “terras-raras” (abundantes na crosta terrestre, mas de extração extremante difícil e cara) como lantânio, térbio, neodímio, gadolínio e praseodímio (BBC Future, 2016). Me parece que esse processo de extração mineral dos metais que compõem os aparelhos celulares seja altamente lucrativo para o metabolismo social do Capital, mesmo que isso possa significar – necessariamente – em conflitos sociais e desastres ambientais de proporções inimagináveis.
Os celulares são um exemplo de como todo esse processo de produção autodestrutivo pode afetar a vida do nosso planeta. Se quisermos extrapolar e pensar as interconexões desses microprocessadores conectados em rede na internet, expressões da Quarta Revolução Tecnológica (GIOVANNI ALVES, 2018), você já parou para visualizar as estrelas à noite? Percebeu que algumas estrelas estão parecendo mais próximas e brilhando de forma diferente. Pois é, não são estrelas. São os mais de 3.000 satélites em órbita na terra que permitem que os aplicativos dos nossos smartphones nos conectem as facilidades dos algoritmos da modernidade urbana.
Nesse Dia Mundial do Meio Ambiente, trouxe esse trecho para refletirmos sobre a transição energética e os princípios da ESG. Será que, de fato, estamos realizando uma mudança na racionalidade econômica que conduz o modelo de produção? E os princípios do ESG, expostos como selo de qualidade ambiental das empresas? Será que os empreendimentos instalados se relacionam com as populações do entorno? Como são essas interações sociais?
Se você possui essas dúvidas em seu empreendimento, entre em contato conosco. A CRUZOLETTO pode te auxiliar na construção de diagnósticos sociais para que sua empresa possa contribuir com o desenvolvimento das comunidades do entorno.
A transição energética necessita caminhar de “mãos dadas” com a transição ambiental. Isso envolve engajamento social, um novo olhar sobre como as políticas sociais pode se desenvolver nos territórios mediante a um contexto ambiental de profundos impactos e afetações permanente.
*O trecho citado foi retirado na íntegra do artigo: A questão ambiental contemporânea: uma análise a partir das leituras e experiências laborais do trabalhador-pesquisador”, de autoria de João Vitor Cruzoletto, publicado na Coleção Juremas, pela Diretoria de Direitos Humanos da UNICAMP. Para ler o artigo, acessar: < https://econtents.bc.unicamp.br/omp/index.php/ebooks/catalog/book/158>. Trabalho, meio ambiente e meio ambiente do trabalho [recurso eletrônico]: novos horizontes dos direitos humanos no universo laboral /Thaíssa Tamarindo da Rocha Weishaupt Proni, Néri de Barros Almeida (org.). – Campinas, SP: BCCL/UNICAMP, 2022. 1 recurso online : il. (Coleção Jurema; v.6).
